sábado, 21 de maio de 2011

MARTIN LUTHER KING: o mensageiro da justiça e da paz

MARTIN LUTHER KING: o mensageiro da justiça e da paz

Ela era uma costureira. Não era uma jovem, nos seus 42 anos de idade. Como sempre fazia, subiu no ônibus, de volta para casa. Mas naquele dia ela fez diferente. Todos os negros eram obrigados a ceder seu lugar se chegasse um branco. Ela estava cansada e naquele dia Rosa Parks não cedeu seu lugar. Mas a lei era clara. Aquilo era crime e ela foi presa. Os negros se revoltaram e resolveram fazer um boicote aos ônibus: daquele dia em diante nenhum negro viajaria nos ônibus da cidade. Durante 381 dias ninguém furou o boicote. O principal líder do movimento era um negro, pastor batista de 26 anos de idade. Ele também foi preso e logo o mundo inteiro passou a respeitar seu nome: Martin Luther King, Jr.


Após o movimento que liderou contra a segregação racial nos ônibus, sua vida esteve sempre em perigo. A primeira ameaça foi uma bomba jogada na varanda de sua casa. Mesmo correndo risco de vida, não parou. Mas isso lhe custou caro: foi preso várias vezes, foi esfaqueado na rua, foi torturado na cadeia. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz por todas as suas lutas pela não-violência. Seu método fez com que muitos brancos participassem de suas lutas. Como resultado, as leis racistas norte-americanas foram caindo uma a uma. Hoje, naquele país, brancos e pretos são iguais perante a lei.

King estava certo de que `a liberdade jamais é dada voluntariamente pelos opressores' e que esta `deve ser exigida dos opressores'. Ao seu ver, esta conquista devia ser feita não pela força das armas, mas pela força da paz. Seu método, aprendido com Jesus Cristo e reaprendido com Ghandi, da Índia, era o da não-violência.
E o que a não-violência?
1. A não-violência é a vereda do forte, não um método de covardia;
2. O alvo da não-violência é sempre a redenção e a reconciliação, não humilhar e desafiar o adversário, mas ganhar a amizade e a compreensão do inimigo;
3. A não-violência é direcionada, não contra as pessoas que praticam o mal, mas contras as forças do mal, contra a injustiça, e não contra as pessoas;
4. o sofrimento redentivo assume que há poder social, cultural, político e econômico na não cooperação, mas o poder moral no sofrimento voluntário em prol dos outros;
5. Ágape (amor incondicional, não egoísta para com o semelhante -- um dom de Deus) supõe que o homem não-violento deve evitar a violência física externa, e a violência espiritual interna; deve recusar-se a odiar o adversário, e isso só pode acontecer quando amor ético está projetado no centro da vida de alguém;
6. o universo, a dinâmica da história, está ao lado da justiça e da paz. No longo percurso, a verdade prevalecerá e haverá uma totalidade universal harmoniosa.
Este crente na não-violência foi silenciado pela violência, quando um homem branco o fuzilou, quando ele estava na sacada de um hotel. Tinha 39 anos de idade.
Dois meses antes de morrer, pregou na igreja onde era co-pastor do pai, que gostaria que dissessem dele basicamente que foi um mensageiro. `Digam que fui um mensageiro da justiça. Digam que fui um mensageiro da paz. Que fui um mensageiro da retidão'.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Comunicapaz estimula criação do projeto TV Vila Embratel

     O Projeto TV Vila Embratel (TVVE) visa elaborar um canal de TV online, produzido por alunos do Curso de Comunicação Social da UFMA e jovens da comunidade, para difundir os aspectos positivos do bairro. A coordenação do projeto é do Profº Márcio Carneiro, do Departamento de Comunicação Social da UFMA e coordenador do Laboratório de Convergência de Mídias (LABCOM).
    A ideia de criação do projeto decorreu da participação de Carneiro no Projeto “Comunicapaz”, coordenado pela Profª Vera Salles. “Eu fui convidado a produzir duas oficinas de vídeo, uma no primeiro semestre de 2010 e outra no segundo, no Núcleo de Extensão da Vila Embratel (Neve), também conhecido como Adolescentro”, afirma Carneiro.

Em contato com os jovens da comunidade, Carneiro descobriu que eles defendiam o ponto de vista de que a mídia só retratava o bairro de forma negativa. A solução concebida para este impasse foi um experimento de jornalismo participativo que viesse lançar luz sobre os aspectos positivos da Vila Embratel.

     O Projeto TVVE inclui a realização de oficinas de produção audiovisual com base no “Método das pequenas narrativas”, que busca aproveitar a bagagem de informação ficcional (telejornal, novela) dos alunos para fazê-los compreender a linguagem audiovisual com mais facilidade. “Eles irão contar suas próprias histórias usando o formato telejonalístico”, enfatiza Carneiro.

      Durante o ano de vigência do projeto, 2011, serão realizadas quatro oficinas, sendo que cada uma acontecerá em três sábados, sempre das 9 às 12h. Os dois primeiros encontros da primeira oficina já foram feitos, dias 7 e 14 de maio. O próximo acontecerá no dia 21. Os alunos da comunidade são responsáveis pela captação de imagem, por isso a importância das oficinas, e os acadêmicos da UFMA, pela edição de texto e vídeo. A comunidade também participa com sugestões de pautas e comentários sobre os conteúdos do site do projeto, http://www.tvvilaembratel.com/.
Fonte: UFMA

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Comunicapaz recebe Fundador e diretor da École de La Paix da França

O Projeto Meios de Comunicação e a Cultura de Paz: as formas de expressão dos jovens da Vila Embratel, também chamado de Comunicapaz, recebe nesta quarta-feira, dia 18 de maio, o diretor e fundador da École de La Paix de Grenoble - França, Richard Pétris, que vem a São Luís para assinatura do convênio de Cooperação Internacional com a Universidade Federal do Maranhão.
O convênio é resultado das negociações iniciadas em 2009 com o projeto Comunicapaz que desenvolve ações de promoção dos valores da cultura de paz e do protagonismo juvenil, por meio de oficinas audiovisuais e artísticas, no bairro da Vila Embratel. A École de La Paix que é vinculada a UNESCO realiza uma atividade semelhante ao Comunicapaz, promovendo a cultura de paz e convivência, e desenvolvendo material educativo, entretenimento, pesquisa extensão e formação em Grenoble – França, porém com a experiência de atuação na temática desde 1998.
Além de “a possibilidade de intercâmbio entre França e Brasil, promovendo troca de experiências, capacitação de alunos e professores e técnicos em cultura da paz” como afirma a coordenadora do projeto Vera Salles, a assinatura deste convênio representa para São Luís uma oportunidade de construção da cultura de paz no seu território, que tem como pilares: Educação para uma Cultura de Paz; Tolerância e Solidariedade; Participação Democrática; Livre fluxo de Informações; Desarmamento; Direitos Humanos; Desenvolvimento Sustentável e Igualdade entre gêneros.
A assinatura do convênio será realizada dia 18 de maio as 19:00h na sede da Aliança Francesa, Praia Grande, São Luís. No dia 19 de maio Richard Pétris visitará o Projeto Comunicapaz no Núcleo de Extensão da UFMA na Vila Embratel - NEVE, a partir das 14:00h, onde estão programadas várias atividades com os jovens do bairro como apresentação de teatro do oprimido, Hip-hop e intervenções multimidiáticas (fotos, vídeos, origamis, mostra dos produtos).

sábado, 14 de maio de 2011

O que é Cultura de Paz?

Cultura de Paz, Meio Ambiente e Cyberativismo




De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU): “Cultura de Paz é um conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e de vida que rejeitam a violência, e que apostam no diálogo e na negociação para prevenir e solucionar conflitos, agindo sobre suas causas".

Enquanto movimento, a Cultura de Paz iniciou-se oficialmente pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999 e empenha-se em prevenir situações que possam ameaçar a paz e a segurança – como o desrespeito aos direitos humanos, discriminação e intolerância, exclusão social, pobreza extrema e degradação ambiental – utilizando com principais ferramentas a conscientização, a educação e a prevenção.

De acordo com a UNESCO, a cultura de Paz “está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos” e fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, respeito à vida, aos direitos individuais e ao pluralismo. 


Nas palavras de Hamilton José Barreto de Faria (2002):

“Entendemos como cultura de paz a consciência permanente de valores da não-violência social. A cultura da paz vai mais longe do que construir a paz. Cultura da paz não é simplesmente ausência de guerra. É diferente também da passividade e da resignação. A cultura da paz não elimina oposições ou conflitos, mas pressupõe a resolução pacífica dos conflitos. E resolver os conflitos sociais de forma pacífica é uma mudança radical nos paradigmas que dão sustentação ao atual modelo civilizatório.” (grifo meu)

Já quanto à base da Cultura de Paz e seu ponto de partida, afirma:

“Rejeitar a violência é a base da cultura da paz. (...) A cultura da paz rejeita a violência física, sexual, étnica, psicológica, de classe, das palavras e ações. (...) O ponto de partida desta cultura é a cooperação com a comunidade dos seres vivos e o desenvolvimento interior das pessoas.” (grifo meu)

Em relação a sua origem, apesar do movimento de Cultura de Paz ter sido iniciado com a fundação da UNESCO em 1945 (ADAMS, 2003), o termo foi cunhado oficialmente pela primeira vez em 1989 através da Declaração de Yamoussoukro, elaborada durante a Conferência Internacional sobre a Paz na Mente dos Homens na Costa do Marfim.

Em 1995 a Cultura de Paz foi adotada como Programa da UNESCO, sendo em 1998 proclamado o ano 2000 como o Ano Internacional pela Cultura de Paz e proclamado o período de 2001-2010 como a Década Internacional pela Cultura de Paz e Não-Violência para as crianças do Mundo.

Atualmente, a Cultura de Paz é promovida por diversas organizações ao redor do globo, sendo o Brasil o país com maior número de instituições com projetos descritos no relatório da Fundación Cultura de Paz (77 instituições), seguido pelos EUA com 45 instituições e Argentina com 32 instituições (Fundación Cultura de Paz, 2005).

De acordo com David Adams, um dos ícones da Cultura de Paz no mundo, a Cultura de Paz tem como base 8 pilares:

1. Educação para uma Cultura de Paz;
2. Tolerância e Solidariedade;
3. Participação Democrática;
4. Livre fluxo de Informações;
5. Desarmamento;
6. Direitos Humanos;
7. Desenvolvimento Sustentável;
8. Igualdade entre gêneros.

(postagem do blog: cultura-de-paz.blogspot.com)